Dizem q os anos 80 são os novos anos 60. A juventude brasileira cultua esse período, mas na Europa e nos Estados Unidos ele é chamado de “a década perdida”.
Pudera, lá foi a época dos yuppies, de Ronald Reagan, Thatcher, David Bowie de terno (antes de virar frase de espelho de hotel gay espanhol) e grande crescimento econômico.
Eu não vejo assim com tanto desdém, pois os anos 80 tiveram Madonna e Michael Jackson, uma mulher e um negro mandando no show business, isso foi demais!
Aqui, tívemos a estranha morte de Tancredo, Sarney presidente (com moratória), a morte lentíssima da ditadura e uma recessão econômica interminável, com inflação de zilhões por cento ao ano.
Esqueçam todo o trash, foi um período excitante, onde surgiram: na música, o Rock Brasil; no teatro, o Besteirol; na TV, atrizes fenomenais, além de novos cineastas e novos autores literários.
Durante esses dias no Sul, conversei 2x sobre esse assunto: uma com Roger Llerina, em seu talk-show no shopping, e uma com Elisa, minha tour manager, entre pizzas de massa grossa, depois do delicioso show de Pelotas.
Foi a primeira vez q senti uma certa saudade daquela época, quando comentamos q não havia medo de estar na rua até de madrugada. Será q n tínhamos medo pq éramos jovens ou pq não havia motivo?...
