- Quando saía um disco novo, ele ligava e deixava recado na secretária eletrônica: “Paulinha...estou hospedado no seu disco!”
Conversávamos sobre cada detalhe, e depois ele passava pro Lui e os dois ficavam um tempão falando de cinema, q Zeca tb adorava e conhecia bem.
- Na estréia do Kid no Canecão, ele me deu um postal da Veronica Lake com aquela franja de onda repartida do lado, dizendo q era a minha vibe. Achei meio esquisito, mas comecei a fazer umas poses, a brincar com personagens, largar a imagem de moleque e virar mulher.
- Quando Zeca me encontrava na noite, fazia reverência, beijava minha mão, obrigava Cazuza a imitá-lo e me chamar de princesa, imperatriz ou sei lá mais quê. Era sacanagem, claro, estavam bêbados, mas tb era carinhoso e engraçado.
- Um dia ele ligou sugerindo q eu cantasse uma versão de Hanging on the telephone, do Blondie. Eu adorava (e adoro) Blondie, mas acabei não fazendo, não me lembro o porquê.
- Uma vez, chamado pelo André Midani, Zeca foi jantar conosco e disse que o preconceito dos críticos precisava acabar, que o disco (Kid-1989) era excelente e ele ajudaria a dizer isso a todos. Pediu um press-release ao Cazuza. Foi atitude de amigo mesmo, e deu certo.
Em 1993, no Iê Iê Iê, ele mesmo escreveu, como Angela Dust.